domingo, 22 de junho de 2008

Front 242 lança álbum Pulse após 10 anos de silêncio



Front 242 volta a ativa depois de 10 anos sem produzir um álbum e se apresenta no Brasil para o lançamento do cd Pulse.
O grande hit dos belgas do Front 242 é "Headhunter", um som de 1988. Nunca ouviu? Você que pensa. Porque esta música é um hit tão grande que há até um sample num dos mais conhecidos funks cariocas, o "Cerol na Mão", do Bonde do Tigrão. O grupo - formado por Patrick Codenys, Daniel B. e Jean Luc De Meyer - tem uma forte influência da música eletrônica e tem um som industrial. Eles fazem a chamada "electronic body music". É uma sigla: EBM.
Como os próprios fazem questão de frisar: o que eles fazem não é rock. "Nossa música é extrema, mas não é rock", explica Codenys. Sons de guitarra? Só se forem sampleados. Tudo começou na Bélgica, nos anos 80, quando todos estudavam numa universidade de Belas Artes. Faziam parte das chamadas "art school bands". O primeiro disco foi Geography. Mas eles explodiram mesmo com o EP No Comment, de 1984. Logo em seguida vieram Official Version e Front by Front. No CD Tyranny (For You), fizeram de "Tragedy" mais um hit. Foi aí que o grupo entrou de vez no cenário internacional. Influenciaram meio mundo da música eletrônica, do som ao estilo com óculos escuros, roupas de couro preta e microfones sem fios.
No TIM Festival eles mostram o nono disco, Pulse. É o primeiro inédito deste 1993, já que neste intervalo eles se dedicaram a gravações ao vivo, remixes (como o CD Mutage Mixage) e projetos solo e paralelos como trilhas-sonoras e produzir outros artistas. O show promete muitos efeitos especiais - no palco e nos telões. Para entrar na onda dos sons dos caras, outras sugestões (dos próprios): "Pretty Hate Machine" do Nine Inch Nails e "Animositisomina", do Ministry. Mas só vale ouvir bem alto.
PS: E sobre o Bonde do Tigrão. A gravadora do grupo resolveu entrar com um processo depois que descobriu que o funk era supertocado por aqui!
Após 10 anos sem gravar como Front 242 vocês sentiram que a produção do novo álbum Pulse foi um desafio? Caso sim, em que sentido?
DB
A produção do álbum em sí não foi tão dificil, mas com certeza desafiamos a nós mesmos enquanto o produzíamos.

PCB
Nos anos 90, experimentamos e exploramos diversas direções com o Front 242, usando diversos equipamentos e máquinas. Um dos principais pontos de início deste novo álbum, foi a excitação de trabalharmops a partir do zero, de forma rudimentar, como no nosso início nos anos 80.

Vocês sentiram pressão do mercado? Como se todos estivessem observando e aguardando para ver/ouvir o que estava sendo produzido?
DB
Não houve pressão, especialmente porque sabemos que nossos fãs estavam esperando algo diferente e que não podemos agradar a todos. Por isso nunca tentamos...
PC
Quando trabalhamos em algo em que acreditamos, não há influências doi 'mundo externo'. Sou obsecado pelo meu trabalho e pela meta a qual estou buscando alcançar.
Durante as apresentações do álbum Re:boot entre 1997 e 2001, vimos sua musica tomar uma nova direção; um feeling mais techno. Com o novo álbum Pulse, vimos uma nova mudança, desta vez para sons mais lentos e melódicos. Poderiam nos dizer o que os influenciou?
DB
Re:boot foi uma gravação de um show ao vivo, com musicas feitas para festivais (muito dinâmicas, com pouca 'atmosfera e performers e cantores do início ao fim). Um álbum produzido em estúdio, não poderia ser produzido dentro destes parâmetros limitados (sem graça). Queríamos voltar ao início/raíz do Front 242 (geography/no comment) porém em espírito, não em cópia...É um pouco difícil para o publico, entender ou ouvir/sentir que a relação de trabalho entre os musicos esta tão 'fresco' como no início da carreira do Front 242....é o que buscávamos ao produzir este novo álbum.
PC
Musica "live"precisa de um outro tratamento; mais batidas, mais força...Trabalho em estúdio é um outro exercício; mais sútil. Para o ouvinte também é diferente pois com um álbum produzido em estudio em mãos, ele tem mais tempo para apreciar e descobrir o trabalho, seus detalhes e complexidades.
Precisamos concordar que cada álbum do Front 242 fala por seu tempo...Qual é a fórmula que seguem para manter-se atualizados?
DB
Não foi uma decisão consciênte. Como a maioria das pessoas que trabalha com musica e arte, refletimos na nossa musica o que acontece ao nosso redor. Chama-se influência...

PC
É um momento de defesa e intimidade. Uma introspecção ao nosso próprio universo musical; um redescobrimento de reflexos básicos e não uma corrida na indústria da musica.
O trabalho de remix como MorF para artistas como Grisha Zeme no passado ajudou a influenciar e trazer novas perspectivas ao novo álbum?

DB
MorF apenas me libertou de conflitos internos sobre o que queria fazer com a musica e como queria expressa-la.
PC
Para mim não. Estamos falando de 2 coisas destintas. MorF é um projeto de 3 anos, indo em várias direções e sem coerência; multiplos artistas, multiplos produtos, mixes e re-mixes para trazer 'riqueza', quase no estilo barroco. Front242 foi criado em poucos meses e busca apenas o essencial...quase Zen.

Como é o processo de criação entre vocês? Existe alguém ou algum projeto que os influencia ou são idéias totalmente originais que tentam tornar reais através da musica?
DB
É impossível não ser influenciado pelo presente (musica, arte, politica, pessoas...). O que procuro sempre evitar é de me apegar a essas influencias a ponto de tornar meu trabalho uma cópia de algo...
PC
Trabalhamos em cooperação, todas as portas estão lá...só basta abri-las. As musicas tomam corpo conforme as pessoas trazem suas contribuições. Pode mudar totalmente de direção, dependendo de quem injeta a informação...por exemplo; instrumentais podem virar canções dependendo do imput do vocal. É difícil definir a forma final de uma musica até que ela esteja 100% finalizada.
O que vocês acham da cena eletrônica atual e como foi sua evolução desde que começaram?

DB
Como tudo ao redor um caos!!!....Um milhão de cenas e projetos, mas pouca coisa que realmente faz sua alma ressoar ou sua pele enlouquecer.
PC
Alegria e tristeza...puramente emocional para mim; um dia acho que é tudo um lixo, mas no dia seguinte descubro algo excitante.

Que tipo de música encontramos vocês ouvindo?
DB
Quanto tempo você tem para ouvir? Alguns exemplos; Acid Mother Temple, Space Machine, Lali Puna, M. Subotnik, Radiohead, T Rex, Can, Gong, Lightning Bolt, Boards of Canada, Caspar Brotzmann Massaker, Faust, High Rise, Music Transonic, Shapeshifter, Velvet Underground, Jimi Hendrix, Led Zepellin, Neil Young, Steve Reich , Terry Riley and more...
PC
Prefuse73, Tipper, Silicom, Black Lung and Xingu , AOKI Takamasa
Haverão outros singles? Alguém ira re-mixar seu trabalho? Quem?
DB
Não sei, não sei...
PC
Sem idéias. Estamos tranquilos pelo momento.
2003 marca 22 anos de existência do Front 242, uma banda 'rica' na história da musica eletrônica. Como se sentem ao pensar nisso?
DB
Pequeno em dias, bem em outros...
PC
O melhor feedback destes 22 anos de estrada é o prazer que compartilhei com pessoas e amigos que trabalhei e tive contato fazendo este trabalho maravilhoso. Musica é antes de tudo, uma maneira de unir as pessoas; uma lingua em comum, global. A historia da musica eletrônica com certeza será um tópico quente para os historiadores do século 22!!!

História,Cocteau twins



Os Cocteau Twins foram uma banda criada no pós-punk, de influências góticas, dream pop e darkwave, que marcaram os anos 80, com o seu som melancólico e psicodélico, ao lado dos Dead Can Dance e This Mortal Coil. São aclamados como os precursores do estilo ethereal.

Ligados desde o seu início à editora 4AD, a banda muda de editora em 1993, para a Capitol Records, que lhes daría uma projecção comercial acrescida.

Se tornou conhecida mundialmente pelo album Treasure, considerado o mais psicodélico, por lembrar musicalmente efeitos de drogas.

Nos anos em que estiveram ligados à 4AD, participaríam em projectos paralelos, como os This Mortal Coil. Em 1983, Guthrie e Fraser fizeram parte da versão de Song to the Siren, de Tim Buckley. Nesta participação conhecem Simon Raymonde, que iría substituir Will Heggie no baixo.

Actualmente, os membros dos Cocteau Twins continuam activos musicalmente, destacando-se Elizabeth Fraser que participou no álbum dos Massive Attack, Mezzanine, em 1998, e em diversos concertos desta banda; participou, mais recentemente, da banda sonora do filme O Senhor dos Anéis.

"The Last Song (tradução)



Não consigo me lembrar como sentir-me real
E a vela ardendo, brilhante
Visões do amor e de mim
Uma outra face do mundo
Por trás de seus olhos, sempre haverá o brilho do luar
Eu olho nos seus olhos
Mas eu finjo que há dois caminhos
Você deveria ouvir o som das palavras
Despedaçando este sentimento
Vela ardendo, brilhante

Eu vejo você e eu, paixão
Quando você me diz que mundo é maravilhoso
me amando, eu juro
Você pode apenas correr
para meus braços
para meus braços
Mas eu não consigo me lembrar como é sentir-me real

domingo, 15 de junho de 2008

Depeche Mode no Skol Beats 2008?

Especula-se que o Skol Beats, maior evento de música eletrônica do país tenha alterado sua data de Junho para Setembro para abrigar a abertura da turnê mundial da banda inglesa Depeche Mode. A banda, que já tocou no Brasil em 1994, com duas apresentações em São Paulo, estaria com um disco para sair do forno no final do ano, que seria lançado com a nova turnê.

Confira abaixo a performance da banda em turne na Alemanha Rock Am Ring 2006


sexta-feira, 13 de junho de 2008

Gothic Erotic...

Depeche Mode - Nothing's Impossible Live in Warsaw 2006

Depeche Mode - But not tonight